segunda-feira, novembro 5

Conheça os passos para a correção da Redação do ENEM


Não tire zero na redação...


segunda-feira, julho 30

Ser professora de Língua Portuguesa

01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é frágil; é átona.
21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.
23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.
29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.
30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.
31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.
32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.



Fonte:http://www.facebook.com/aprendendoportugues

domingo, julho 22

A Língua Portuguesa anda meio triste

Desabafo


Depois de uma hora de conversa, ela desabafou: “Estão me matando aos poucos!”
- Por quê? – perguntei, preocupada.
- A maioria das pessoas não me respeita. Até pastores e anciãos me agridem!
- Como?
- Em anúncios e sermões cometem erros imperdoáveis! Vou dar um exemplo: Faz poucos dias, um ancião disse: “O jantar beneficiente será realizado no dia 27 de março.”
- Qual é a maneira certa?
- Você é professora e não sabe? A pronúncia correta é beneficente. Outra palavra que sofre na boca da maioria dos membros da igreja é concupiscência. Sabe como a pronunciam? Concupisciência. Maneira correta: concupiscência, concupiscente.
- Quais são os erros mais comuns em nosso meio?
- Errado: Haviam trinta pessoas na igreja. Certo: Havia trinta pessoas na igreja.  
Errado: Devem haver dez pessoas na sala. Certo: Deve haver dez pessoas na sala.  
Errado: Na classe dos professores, houveram momentos de muita alegria. Certo: Na classe dos professores, houve momentos de muita alegria.  
Errado: Joana é membra da igreja há dez anos. Certo: Joana é membro da igreja há dez anos.  
Errado: Ela está ao par de tudo. Certo: Ela está a par de tudo. 
Errado: A mensagem do professor veio de encontro às nossas necessidades, Certo: A mensagem do professor veio ao encontro das nossas necessidades. 
Errado: Cerca de cinquenta pessoas assistiram o sermão sobre justificação pela fé. Certo: Cerca de cinquenta pessoas assistiram ao sermão sobre justificação pela fé.  
Errado: Fazem dois dias que não como nem bebo [nem fala corretamente]. Certo: Faz dois dias que não como nem bebo. 
Errado: O livro que mais gosto é a Bíblia. Certo: O livro de que mais gosto é a Bíblia. Errado: Pedro namora com Maria. Certo: Pedro namora Maria.  
Errado: Tenho muita dó dele. Certo: Tenho muito dó dele.  
Errado: Os diáconos podem arrecardar as ofertas. Certo: Os diáconos podem arrecadar as ofertas.  
Errado: A nível de associação. Certo: Em nível de associação. 
Errado: O pastor terminou de pregar ao meio-dia e meio. Certo: O pastor terminou de pregar ao meio-dia e meia [hora].
- E quanto ao uso dos pronomes possessivos?
- Não se usa os pronomes possessivos antes de nomes que indicam partes do corpo: Quebrei a coluna. E não: Quebrei minha coluna. Dobremos os joelhos. E não: Dobremos nossos joelhos. Ergamos as mãos. E não: Ergamos nossas mãos.
- Por favor, mencione outros deslizes.
- Errado: Os problemas que enfrentamos são consequência de uma somatória de decisões equivocadas. Certo: Os problemas que enfrentamos são consequência de um somatória de decisões equivocadas.  
Errado: Irmãos, prestem atenção no que vou dizer agora. Certo: Irmãos, prestem atenção ao que vou dizer agora.  
Errado: A irmã Cláudia mora numa casa germinada. Certo: A irmã Cláudia mora numa casa geminada.  
Errado: Onde está meus óculos? Certo: Onde estão meus óculos?  
Errado: Irmãos, não deu para chegar mais cedo. Certo: Irmãos, não foi possível chegar mais cedo.  
Errado: Não dá para fazer isso sozinho. Certo: Não é possível fazer isso sozinho.  
Errado: O pregador vai cumprimentar os irmãos na porta. Certo: O pregador vai cumprimentar os irmãos à porta.  
Errado: O ônibus passa na porta da igreja. [coitada da porta!] Certo: O ônibus passa à porta da igreja. 
Errado: Essa gente é igual nós. Certo: Essa gente é igual a nós. 
Errado: Maria é uma soprana maravilhosa. Certo: Maria é um soprano maravilhoso. Errado: Quando o pastor interviu, o problema foi resolvido. Certo: Quando o pastor interveio, o problema foi resolvido.  
Errado: O irmão José não veio porque está com dor na costa. Certo: O irmão José não veio porque está com dor nas costas.  
Errado: Crianças, se vocês se manterem caladas, serão recompensadas. Certo: Crianças, se vocês se mantiverem caladas, serão recompensadas. 
Errado: Quando pormos as coisas nos devidos lugares, tudo vai melhorar. Certo: Quando pusermos as coisas nos devidos lugares, tudo vai melhor.  
Errado: Irmãos, os carros mal-estacionados estão sujeitos a guincho. Certo: Irmãs, os carros mal-estacionados estão sujeitos a guinchamento. 
Errado: O cristão coerente desfruta de muito prestígio. Certo: O cristão coerente desfruta muito prestígio.
- E quem fala e escreve corretamente?
- Também desfruta muito prestígio. Além disso, não está sujeito a guinchamento.
- Senhora Língua Portuguesa, quero agradecê-la pelos oportunos ensinamentos.
- Parece-me que não fui bem-sucedida... O certo é: Quero agradecer-lhe os oportunos ensinamentos.
- Ainda bem que o guincho não está por perto...  


Cuidado com a pontuação.



Um velho muito rico faleceu e deixou em testamento a seguinte frase:

“Deixo os meus bens a meu irmão não aos ricos nada aos pobres”

Como todos estavam interessados na herança, cada um pontuou a frase de forma a obtê-la.

Veja como isto aconteceu na prática:

Pobres: Deixo os meus bens: a meu irmão não, aos ricos nada, aos pobres.

Ricos: Deixo os meus bens: a meu irmão não, aos ricos, nada aos pobres.

Irmão: Deixo os meus bens a meu irmão, não aos ricos, nada aos pobres.

 

SIGNIFICADOS OPOSTOS

Conta a lenda que na Antiga Grécia um rei se preparava para ir à guerra e resolveu consultar sua sorte no Oráculo de Delfos.
A mensagem que apareceu foi: “Ides voltarás não morrerás na guerra”. Otimista, o rei interpretou a inscrição da seguinte forma: “Ides, voltarás, não morrerás na guerra”. Mas, na verdade, a inscrição queria dizer: “Ides, voltarás não, morrerás na guerra”. Por uma confusão de sinais de pontuação, chegou ao fim a triste história do rei.

S.O.S Língua Portuguesa


Fiquem atentos!!!!!

S.O.S Língua Portuguesa


segunda-feira, maio 21

Vícios de Linguagem

           Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.

PLEONASMO VICIOSO ou REDUNDÂNCIA
Diferentemente do pleonasmo tradicional (quando usado para reforçar a mensagem), tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.
  • Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
  • Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
  • Encontraremos outra alternativa para esse problema.
  • Há consenso geral em relação a isso.


CACOFONIA (CACÓFATO)
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
  • Vi ela na esquina.
  • Dei um beijo na boca dela.
  •  Vou-me já.
  • As idéias, como as concebo, são insinuantes.
  • Nunca gaste demais.
Texto:
No meio empresarial, corre uma história muito curiosa. Dizem que uma engenheira química, durante visita a uma indústria, recebeu a seguinte pergunta: "Que a senhora faria se este problema ocorresse em sua fábrica?" Ela respondeu secamente: "Eu mandaria um químico meu." A resposta causou constrangimento. Todos disfarçaram e continuaram a reunião. Lá pelas tantas, nova pergunta: "E neste caso?" Nova resposta: "Eu mandaria um outro químico meu." Foram tantos "químico meu" que um diretor mais preocupado perguntou: "Mas...foi a fábrica toda?" Ela deve ter voltado para casa sem saber o porquê de tanto sucesso.

CACOFONIA (ECO)
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
  • A divulgação da promoção não causou comoção na população.
  • Vicente já não sente dores de dente tão freqüentemente como antigamente quando estava no Oriente.
  • A exceção dessa situação, a decisão foi feita com correção.
Obs: O eco na prosa é considerado um vício, um defeito. Já na poesia é o fundamento da rima.

AMBIGUIDADE ou ANFIBOLOGIA
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.
  • Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
  • O pai  falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
  • O cachorro do seu vizinho faz barulho demais.

BARBARISMO
É o desvio relativo à palavra. É quando grafamos ou pronunciamos uma palavra que não está de acordo com a norma culta.
      Pronúncia
   Estou com poblemas a resolver. (problemas)
   Solicitei à cliente sua brica. (rubrica)
   O segurança deteu aquele homem. (deteve)
      Morfologia
   Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
   Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
      Semântica
   José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
      Estrangeirismos
   O show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)

SOLECISMO
Colocação inadequada de algum termo, contrariando as regras da norma culta em relação à sintaxe (parte da gramática que trata da disposição das palavras na frase e das frases no período).
      Concordância
   Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
   Faltou muitos alunos. (o certo seria faltaram)
      Regência
   Eu assisti o filme em casa. (ao)
   Obedeça o chefe. (o certo seria ao chefe)
      Colocação
   Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
   Me faltam palavras. (faltam-me palavras)

PRECIOSISMO
Emprego exagerado de palavras rebuscadas.
  • Caluda! Isso não entranha em minha massa encefálica! Trata-se de colóquio flácido para acalentar bovino.
Tradução: Quieto! Não acredito! Isso é conversa mole para boi dormir.

Pronomes

E eu não sei onde isso vai parar...Ou sei?!

Educação no Brasil






Essa é a educação que não queremos, mas infelismente a que temos.

"Há" ou "A"

Ao escrever qualquer tipo de texto precisamos estar sempre atentos a colocação das palavras. No S.O.S. de hoje vamos enterder a diferença entre o "há" e o "a" - na fala nem percebemos tal diferença, mas na escrita...

Utilizamos:
- se o período de tempo já passou: "O fiscal chegou há meia hora";
A - se o período ainda vai ocorrer: " O fiscal voltará daqui a meia hora".

"Há" - passado  X    "A" - futuro

Há tempo - Há = faz. " O fiscal chegou há tempo" (faz tempo que chegou)
A tempo - A = em. "O fiscal chegou a tempo" (chegou na hora, em tempo)

Há uma hora - Há = faz. " O ônibus passou há uma hora".
À uma hora - se a referência for à hora do dia. "O ônibus passou à uma hora".
A uma hora - nos demais casos. "A próxima parada fica a uma hora daqui"...